No último dia 5 de junho, Mário Fernandes, gerente de Negócios Multicanal da 3CON, esteve presente no Congresso TI & Varejo 2013. O painel apontou o quanto o varejo físico e o virtual foram impactados por esse novo canal, além de como se deve aplicar a mobilidade nos processos de compra e venda. “Esse painel, especificamente, foi muito importante, porque conseguiu mostrar aos varejistas que estamos vivendo uma nova fase no comércio. Além disso, conseguimos verificar que é possível fazer uma junção dessas três modalidades de vendas: a física, online e mobile”, afirmou Fernandes. 

Cristiano Oliveira, vice-presidente de Business Applications da Kony, abriu as apresentações explicando detalhadamente como está à relação entre o e-commerce e o varejo tradicional. “Hoje existe um crescimento significativo de pessoas que estão fazendo compras online. E a tendência é que este número só aumente. Uma coisa muito interessante neste caso é que as empresas que estão se utilizando do e-commerce não são novas e sim empresas tradicionais que ingressaram no mundo online. Cerca de 80% das empresas que entram nesse mercado também possuem lojas físicas; apenas 20% só existem no mundo virtual. O campo está aberto para todos”, afirmou Oliveira.

Ainda segundo ele, com a evolução do mercado online, o varejo físico precisa encontrar novas soluções para conseguir se manter vivo. “O vendedor precisa fornecer experiência e mobilidade ao cliente para conseguir um maior sucesso nas vendas. E para facilitar esse trabalho os vendedores deveriam ter muito mais informações sobre os seus respectivos clientes”, completou.

Após a apresentação da Kony, Graça Sermound, diretora Editorial das revistas Decision Report e Risk Report, mediou um debate que reuniu Marcos Paulo, CIO da Dellavia Pneus; Rosana Pereira, gerente Corporativa de TI da Iguatemi Empresa de Shopping Centers; Luiza Severo, gerente de E-commerce do Gimba; Eduardo Terra, vice-presidente da Ibevar; e Ubirajara Santos, CIO da Adição Distribuição Express. A jornalista iniciou a discussão perguntando aos participantes sobre os desafios e as perspectivas do varejo brasileiro.

“A velocidade com que a tecnologia está chegando ao varejo hoje em dia é muito alta, portanto, é difícil falar de empresas que estão prontas para essa grande mudança, mas diria que todo o segmento já deveria estar se preparando”, respondeu Eduardo Terra, da Ibevar. Ele e os demais concordaram que, apesar de toda a tecnologia existente, ainda há uma grande preocupação com o varejo físico. Mas para Luiza Severo, gerente de E-commerce do Gimba, o mercado físico não corre riscos de acabar. “Cada pessoa tem as suas próprias características. Enquanto alguns preferem comprar pela internet, outros optam por comparecer ao vivo para ver os produtos”, detalhou Luiza.

Para os participantes, a tecnologia mobile-commerce veio para auxiliar tanto o mercado online quanto o físico, já que com esse tipo de plataforma as empresas conseguem deixar seus clientes mais a vontade. “Estamos fazendo um estudo para entregar ambos os negócios, assim o cliente terá mais facilidade para realizar suas compras. Gostaríamos que os dois andassem juntos”, afirmou Ubirajara Santos, CIO da Adição Distribuição Express.

Rosana Pereira, gerente de TI na Iguatemi, acredita que o sucesso das lojas físicas dependerá em muito do treinamento dos funcionários. “Instrumentalizar o vendedor e prepará-lo para o atendimento de um cliente especifico é a melhor maneira de melhorar as vendas, já que os clientes se sentirão muito mais livres, sabendo que aquele atendente pode lhe ajudar perfeitamente”, disse. E Marcos Paulo, CIO da Dellavia, completou: “Os clientes chegam ao estabelecimento, muitas vezes, já sabendo o que vão querer ver e comprar, por isso os funcionários precisam estar preparados para essa recepção”.

Durante o evento, os palestrantes ainda comentaram sobre os altos investimentos que o varejo brasileiro deverá fazer para ingressar de vez na era da mobilidade.